segunda-feira, 22 de agosto de 2011

“Ciclos da Vida e nossas Decisões”


Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor. Jeremias 8:7


Os ciclos da vida são inerentes nossa existência, estão ao nosso lado, estão em nós em nosso corpo que necessita de sono, comida, descanso e que envelhece (mesmo que façamos inúmeras plásticas e usemos produtos anti-envelhecimento). Desta forma os ciclos da vida também são inexoráveis, eles acontecem, simples assim, pois assim Deus criou.
Dentro de poucos dias iremos novamente, como tem acontecido a milhares de anos, iniciar uma nova estação e uma das mais desejadas que é a primavera. Flores, pássaros, cores, calor, fim da secura, chuva, plantações, os ciclos da vida sendo vistos abundantemente.
Mas como vemos estes ciclos da vida em nossa vida (desculpe a redundância)? Atualmente o nosso estilo de vida nos desconecta da criação de Deus. Entre asfalto, concreto e engarrafamentos, pouco tempo temos para admirar uma noite de céu estrelado, um por de sol ou as árvores e pássaros na praça próxima a nossa casa. Em meio as nossas muitas atividades (até as religiosas) não temos tempo para ir há um parque admirar as flores, ou aproveitar a sombra em um dia quente. Não há tempo para nos preocuparmos com estas coisas menores. Até porque “Tempo é dinheiro”!
Somos a geração fast food, onde tudo é para ontem! Não queremos esperar 10 minutos pelo nosso lanche. Não podemos ficar em fila, não podemos esperar; pois a vida tem pressa. Todos tem pressa! Somos movido pelo fim, pois o importante é o resultado no menor tempo possível, não há tempo a perder com as bobagens da vida, da natureza, da criação.
Não há mais tempo a esperar os ciclos da vida: o arar, plantar, regar, crescer, amadurecer e colher da criação, dos relacionamentos, da nossa espiritualidade. Queremos andar como os livros e sites no modelo: “Faça você mesmo em 1 minuto”. Cada vez mais queremos viver com varinhas mágicas para acontecer tudo que desejamos de imediato, do que esperar os ritmos da vida e saber que o tempo amadurece a criação, a vida e o nosso espírito.
Queremos seguir a Jesus, mas como podemos “olhar os lírios do campo”, como Cristo fez com a agenda de compromisso que temos? Parar para olhar a Criação, em um momento de ócio de nossa vida (não podemos esquecer que Deus descansou no sétimo dia para admirar sua criação) de forma a nos integrar com o restante desta Criação.
Não temos mais a capacidade de nos encantar com a criação de Deus, pois estamos cercados de concreto e aço e ensimesmados com nosso poder tecnológico da vida virtual. Não reconhecemos mais as estações do ano pelo que elas produzem e pelas belezas que elas apresentam, mas sim pelos transtornos que nos causam. Nosso relacionamento com as estações do ano, agora se resumem da seguinte forma:
Verão – “Que calor insuportável!” “Ai meu Deus, vem uma tempestade e vou ficar preso na enchente!”
Outono – “ Vai começar a sujeirada das arvores nas ruas, que vai sujar meu carro e minha calçada. Bem que a prefeitura podia mandar arrancar estas árvores” , “Ai minha rinite já tá atacada com este tempo”.
Inverno – “De onde vem tanto frio?? Preciso comprar mais blusas” “E esta gripe que não me larga”.
Primavera - “ Não agüento mais estes passarinhos cantando na minha janela logo de manhã, acabam com meu dia”, “Quem agüenta este clima, de dia este calorão, a noite o frio”.
Deus se manifesta através de sua criação, a Primavera é a exemplo de como o Deus Criador renova sua criação em ciclos e apesar do frio e secura do inverno, as águas purificadores, banham a terra para que vida renasça.
Assuma o compromisso, nesta primavera, de visitar um parque e comece a se reconectar com a criação. Sem pressa, olhando as flores do campo e agradecendo a Deus por fazermos parte do ciclo da vida criado por Ele.