quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Bom, O Mal e o Feio na COP 16

A falta de esperança (ou o meu pessimismo, como diz minha companheira de jornada Andrea), não pode demonstrar que tudo o que está acontecendo em Cancun é fraco, desarticulado e sem resultado.
Há muitos bons resultados a níveis nacionais que tem mostrado um maior comprometimento de grande parte do países ricos e em desenvolvimento ( a exceção ainda é os EUA). Para ficar em dois exemplos: A China atualmente é o país que mais investe em tecnologia para produção de energia renovável e o Brasil alcançou uma meta de desmatamento muito importante e que baixou em muito os níveis de produção do CO2.
Mas a luta politica-diplomatica é algo que transcende o entendimento de qualquer mortal que queira viver neste planeta.
O Mal: O Japão num grande jogo de cena, diz que não aceita a continuação do Protocolo de Kyoto (feito na casa deles!?), pois o EUA e China não participam. A incoerência e repetição de Copenhague está desembarcando em Cancun. Claro que todos (com exceção do Canadá, Rússia e Austrália) todos os outros países execraram a posição do Japão. Péssimo exemplo na condução da negociação.
O Feio: Presidente Lula além de não vir a Cancun, comete um gafe horrível ao dizer que “Cancun não vai dar em nada”. Presidente Lula foi de uma indelicadeza com o esforço da COP 16 e de deselegância com o governo mexicano que está se esforçando para um avanço nas negociações. Diz o ditado: O Tolo quando fica em silencia, passa como sábio.
O Bom: As negociações estão avançando e fica claro cada vez mais claro em Cancun que esta COP é uma preparação para 2012 que será o ultimo ano do Protocolo de Kyoto.
A palavra que devemos usar aqui em Cancun é perseverança, pois como disse a Secretaria Executiva da COP, Cristina Figueres. “Cancun será a base para um acordo real”
PS: Vale citar que os americanos estão numa situação muito singular, pois chegaram nesta COP sem mostrar números e perspectivas internas para isto. Apenas uma somatória de ações pontuais (a impressão por aqui é que os americanos estão atrasados na discussão)

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